Ânsia de felicidade, por Fernando Carmino Marques
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Enquanto os cavaleiros da Távola Redonda se juntavam para desafiar a sua incompreensão do mundo, hoje a família comemora com gordo jantar o aniversário de quem se destina a perpetuar a espécie. E enquanto o copo de espumante e o bolo, transpirando chantilly, esperam que o coro das desafinadas vozes se cale, o ruidoso bater de palmas se canse e o breve sopro de ânsia e felicidade apague velas, alguns aproveitam para recordar peripécias e aventuras que enfrentaram capazes de fazer arrepiar Ulisses. Outros, sorriso desinteressado sobre histórias passadas, ofuscados pelos labirintos que cada dia nos esperam, prometem submeter a vida aos seus desígnios, como se ela fosse um slogan publicitário, um livro cuja leitura se conhece antes de ser lida. E de “esperança dada à ú...