Amor e ruína no Amazonas, por Alfredo Behrens

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Quando estudante de doutorado em Cambridge pesquisava nos arquivos públicos do governo do Reino Unido. Lendo os índices, me chamou a atenção o torrente de missivas entre o Ministério das RREE do governo da Sua Majestade e o súbdito Edward Swann. A saga deste individuo, lutando contra a indiferença dos impérios, me cativou e tirei cópia das trocas todas. Durante quatro décadas carreguei comigo essa correspondência por sete cidades em três continentes, até que no Porto a escrevi.

Em meados do século XIX, Edward, aluno de Cambridge, foi para a Amazônia para derrotar o cerne da teoria da evolução de Darwin. Infelizmente, um delegado corrupto acusou Edward de espionar para os britânicos. Edward foi preso na masmorra de numa aldeia longínqua, e o delegado apreendeu sua escuna e os equipamentos científicos abordo, efetivamente pondo fim ao objetivo da presença de Edward na Amazônia.

Essa é a história que se desprende das missivas. Mas, suspeito que após apenas algumas semanas na Amazônia, Edward se envolveu num caso de amor arrebatador com Bonita, uma nativa Yanomami. Após a tardia intervenção do cônsul da Sua Majestade, Edward foi liberado sob sursis e escapou a Londres, desde onde, por décadas, reclamou dos governos britânico e brasileiro.

Quando em Londres, fracassada a sua pesquisa, Edward não teria mais lugar em Cambridge e entrou para uma empresa que contrabandeava ouro e diamantes do Brasil. Já casado com Mary Anne, continuou com uma vida de financista em Londres, até que soube do Jean, cientista francês com quem tinha passado agruras na cela na Amazónia. O reencontro com Jean pôs o Edward numa enorme disjuntiva.

Para saber mais, o distinto leitor deverá aguardar a publicação desta história, belamente traduzida ao português pela Luísa Peixoto Guimarães, ou ler em inglês a versão disponível como e-book na Amazon, com o título Love and Loss in the Amazon, no meu nome mesmo.

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