Há mais de uma década que sabemos que pode haver sincronização entre os cérebros dos seres humanos. Inclusive meu pai mencionava que podia chegar à mesma conclusão do seu irmão gêmeo após um tempo sentados juntos pensando em silencio.
Mas, sincronização, com cachorros é novidade; embora minha mulher cachorreira poderia discrepar que seja uma novidade.
Eu, na verdade, nunca fui muito cachorreiro. Para mim os cachorros tinham quatro patas e dentes ameaçadores. Além do mais, corriam atrás de mim quando andava em bicicleta no bairro. Nada disso contribuiu a facilitar em mim a crença de que a comunicação com cachorros fosse mais do que uma atitude mercenária da parte deles, tipo, abano o rabo se você me der um osso.
Mas, parece que cachorros com eletrodos nos cérebros, demostraram sincronização nas mesas áreas do cérebro com seres humanos, quando estes os olhavam e acariciavam. Bingo!
Porém, os cachorros, como os humanos, podem ter uma mutação genética, Shank3 — não confundir com Shreck — que se sabe que em humanos expressa autismo, com sua consequente dificuldade em termos de conexões sociais.
Mais ainda, quando esses cachorros com mutação Shank3 foram injetados com LSD, que sabidamente promove relações sociais em humanos e roedores, também conectava os cérebros desses cachorros com os dos humanos!
Ou seja, quem achava que a compreensão dos cachorros dos estados emocionais dos seus patrões poderia ser conversa de loucos, agora deverá pensar melhor. Embora, te confesso, que acredito que alguém tenha possa ter mexido na fiação dos testes.
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