
@irina_sigl_photography
Desde que me entendo por gente, vejo carinhas por aí e a verdade é que de tanto encontrá-los já fazem parte da minha forma de ver o mundo. Algumas são inquestionáveis, outras, como esta que deixo a título de ilustração, são um pouco mais elaboradas, mas carinhas mesmo assim.
Acontece que, já há algum tempo, com a coisa das redes, comecei a publicá-las e os meus contactos receberam-nas com muito interesse. Tanto que com base nas minhas publicações eles assumiram a tarefa de me enviar carinhas que veem, então virou uma espécie de coleção e um piscar de olhos para quem me envia.
Tornou-se um jogo muito divertido. Por exemplo, meu primo me manda uma orquídea com um rosto e eu posto: “Existem orquídeas alienígenas. “Meu primo José encontrou um!” Minhas primas Flor e Marianella, a minha filha Cecilia, e a minha amiga Claudia, entre outras pessoas, também contribuíram, e por mais estranho que pareça, essas carinhas nos unem, pois temos em comum aquela mistura de surpresa, desafio e encanto, embora a verdade não caiba na minha mente que há pessoas que não as veem. Em fim.
Acontece que pesquisando na Internet encontrei várias coisas interessantes, a primeira que me chamou a atenção é que o termo pareidolia não aparece no Dicionário da Real Academia Espanhola. Mas em outras línguas existe, e para minha sorte, hoje é tomado como um processo cerebral normal, embora em algum momento tenha sido considerado um sintoma de esquizofrenia. Li também que mesmo sendo um fenômeno visual, não é classificado como alucinação, a menos que a carinha comece a falar com você, é claro.
Parei por aquí, porque se for nadar fundo acabaria clamando por uma camisa de força, assim que melhor deixar desse tamanho. Afinal, as carinhas não fazem mal a ninguém e, como falei, são super divertidas…
PS: Se você encontrar alguma, não se esqueça de enviá-la para mim.

Fue Directora Ejecutiva de la Fundación Andrés Mata de El Universal de Caracas, y Gerente del Centro de Documentación de TV Cultura de São Paulo. Es autora de varios libros y crónicas.
delgado.luli@gmail.com