Gente que Cuenta

Stalin e o Jeep – Roberto Managau

 

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Campaña del Jeep
Autor desconocido
entre 1941 y 1945

É difícil imaginar o motivo pelo qual esses 2 nomes podem estar relacionados entre si, mas na verdade, eles estão interligados por um episódio singular e pouco conhecido da Segunda Guerra Mundial, que foi publicado em um livro do jornalista Otávio Cohen.

O Jeep Willys completa 80 anos em 2021. Foi fabricado a partir da modernização da frota militar automotiva, solicitada pelo Departamento de Guerra dos Estados Unidos em 1941. A sorte iluminou a empresa Willys-Overland de Ohio, que vinha afetada por dificuldades econômicas, ao dar origem numa parceria com a Ford, a um carro versátil, com tração 4 x 4, que suportasse qualquer terreno e outros atributos.

A Segunda Guerra já havia começado e os Estados Unidos criaram em março de ’41, um programa para ajudar seus futuros e prováveis ​​aliados, pois até então, ainda não haviam entrado no grande conflito. E assim essa ajuda também foi oferecida à União Soviética, que havia sido invadida pelos alemães na “Operação Barbarossa”.

Stalin aceitou essa cooperação meio relutante, já que seu perfil orgulhoso o impedia de deixar seu povo saber que aceitava a ajuda americana. Mesmo assim, 5.000 jipes chegaram à União Soviética, mas surgiu um novo problema: como esconder os emblemas “Willys-Overland, Ohio” ou “USA” que apareciam na lataria desses veículos? O plano foi orquestrado e aproveitando-se do alto índice de analfabetismo da população na época, foi divulgado que uma fábrica secreta soviética, com um nome “ilegível” que não era em cirílico, localizada no local mais inóspito da taiga siberiana, que nem figurava nos mapas… construiu um veículo formidável! Para disfarçar o “USA”, procuraram uma sigla num raro dialeto que significava por extenso, “Matem esse Adolfo filho da p …! ” caso alguém perguntasse …

Obviamente, a verdadeira origem do Jeep logo vazou e veio à tona para o já desconfiado povo soviético que não assimilava tal desatino !!

Roberto Managau, uruguaio, reside em São Paulo desde 1982.

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Dirige um espaço de arte uruguaia e é apaixonado por futebol.

 

rj.managau@gmail.com

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