Os primeiros tanques receberam seu baptismo de batalha nas aldeias de Flers e Courcelette, França, participando na ofensiva de Somme, em setembro de 1916, durante a 2ª. ano da Primeira Grande Guerra.
No início do século 20, na França e na Inglaterra, surgiram vários projetos para a construção de um veículo blindado e de artilharia que pudesse manobrar em todos os tipos de terrenos, e assim facilitar o avanço de tropas terrestres em direção às posições inimigas, sem que houvesse impedimentos de qualquer tipo. O grande conceito dessa engenharia militar foi acoplar a esteira dos tratores, o que evitava que o veículo ficasse preso em campos lamacentos ou acidentados.
No mesmo conflito, em agosto de 1917, na 3ra. batalha de Ypres, Bélgica, um tanque F-41 britânico ostentava um nome curioso em espanhol, dado por sua tripulação. Era o “Fray Bentos”. Ele tinha esse nome porque seus tripulantes se sentiam como a carne enlatada que consumiam todos os dias em suas rações.
Ele tinha esse nome porque seus tripulantes se sentiam como a carne enlatada que consumiam todos os dias em suas rações.
Mas de onde veio esse nome em espanhol ? Devemos nos afastar desse cenário, para a cidade de Fray Bentos no Uruguai, na fábrica onde foram criados o extrato de carne Liebig e o famoso corned beef uruguaio, que serviam como alimento para a população civil e tropas na Europa e na África. mais de um século. Em 1863, ali se instalou a Empresa de Extrato de Carne Liebig, que em 1924 se tornou o Frigorífico Anglo del Uruguay S.A., hoje museu da Revolução Industrial, declarado patrimônio da humanidade pela UNESCO.
Houve 2 tanques de guerra chamados “Fray Bentos”. O primeiro que já nos referimos, foi destruído naquele combate e o segundo, tomado pelos alemães em Cambray, levado para a Alemanha como troféu de guerra, e cujo paradeiro é desconhecido.
Dirige um espaço de arte uruguaia e é apaixonado por futebol e da Segunda Guerra Mundial.
rj.managau@gmail.com