A título de curiosidade, segundo o Ethnologue, existem 7.151 línguas no mundo e a única língua considerada “zumbi”, porque desapareceu durante séculos e renasceu no século XIX, é o hebraico, na região que anos depois viraria o Estado de Israel.
Mas a pergunta que nos fazemos, é a do título, referindo-nos às línguas “maternas”, mais populares e comuns a muitos de nós. A globalização tecnológica e a rapidez das mídias sociais estão dando origem a uma nova terminologia, onde no meio da escrita, predominam onomatopeias, emoticons, símbolos gráficos interligados, etimologias desprovidas de sentido, um pouco de inglês e … terríveis ofensas à “ars dictaminis”, à lexicografia de um dicionário ou enciclopédia por exemplo, livros de cabeceira na infância e adolescência para os que viramos o Cabo da Boa Esperança … E menciono o inglês como paladino do estrangeirismo, porque no mundo corporativo brasileiro, o feedback, o briefing, o approach, deadline, CEO, commodity, workshop, compliance, brainstorm, coach, etc., são sumamente corriqueiros. (tenho dúvidas se no mundo empresarial de países de língua hispânica, essas palavras são tão comuns também)
A linguajem hoje é trivial, não só nas mensagens de texto, onde o corretor não é levado em conta porque estamos “com pressa”, mas nos e-mails, onde supostamente teríamos mais tempo para pensar e escrever, e pasmem, também nos jornais e revistas! Sempre gostei de ler jornais, desde criança e sabia-se que estavam muito bem escritos. Será que todo tempo passado foi melhor mesmo ou isso sempre vale no presente para quem viveu mais anos que outros, geração após geração?
A velocidade de se comunicar implica na abreviação da expressão, desparecem os sinais de pontuação, as maiúsculas, a correta conjugação dos presentes do subjuntivo, pretéritos imperfeitos, gerúndios etc., etc. Eis então um desafio para a educação: onde nos levam os novos códigos “internéticos” de expressar-se? é possível que a exposição muito intensa a esse tipo de comunicação gere dificuldades em conteúdos escolares? A chamada “linguagem inclusiva” merece um capítulo aparte. Veremos lá na frente.