A ideia de comemorar o Dia da Mulher não é de agora e a determinação já surgia no final do século XIX e início do XX na Europa e nos Estados Unidos, no contexto de sufrágio igualitário, melhores condições de vida, como assim com a igualdade de direitos sociais, econômicos e trabalhistas. Diversas datas foram designadas por movimentos coletivos até que em 1975, o dia 8 de março foi instituído pela ONU como o Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje em mais de 100 países. Nesta revisão, vamos relembrar 3 mulheres cujos nomes ficaram gravados na história.
A primeira, talvez pouco lembrada, é Rita Ribeira. Um plebiscito foi realizado em 1927 na cidade de Cerro Chato, no Uruguai, embora além do motivo pelo qual foi realizado, com todas as formalidades da lei e com voto secreto, foi a primeira vez no país que uma mulher votou, com uma ressalva: Rita Ribeira era brasileira e tinha 90 anos.
Julieta Lanteri, italiana de nascimento, médica e fundadora do Partido Nacional Feminista Argentino, foi autorizada a votar em Buenos Aires na eleição municipal de 26 de novembro de 1911. É considerada a primeira mulher a votar na América Latina. Lanteri morreu em 1932 em decorrência de um “escuro” acidente de trânsito, alegadamente premeditado, causado por um indivíduo de ideologias opostas.
Dorothy Counts completará 81 anos este mês. Ela foi a primeira jovem estudante negra a ingressar na Harry Harding University, Charlotte, Carolina do Norte, em 1957. Counts tinha 15 anos na época e estreava um vestido feito para a ocasião pela sua avó. Ele suportou insultos, gestos obscenos, cuspes e desprezo. Foram apenas 4 dias de provação para a jovem, até que seus pais decidiram retirá-la daquela Universidade e mudar de estado. Foi apenas em 2010 que Dorothy Counts recebeu um pedido público de desculpas de um membro da multidão que a assediou em 1957.