Gente que Cuenta

Gal, por Ricardo Martins

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“…Aquela sensualidade agressivamente libertária”

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Gal Costa povoou minha adolescência.

Confesso que não foi tanto pelo estilo de música. Eu estava começando a descobrir o rock. Beatles, Led Zeppelin, Alice Cooper…

Minha mãe vivia com um velho rádio à válvula ligado o dia inteiro em casa. E as músicas cantadas por ela gritavam nos meus ouvidos.  Anos 1970.  E ainda assistia suas apresentações em shows transmitidos pela TV. Em preto e branco.

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Gal costa en estudio

Gal gritava suas canções com aquelas vozes agudas. Ou as sussurrava quando sua voz se tornava macia.  Aquele bocão.  Aquele cabelão.  Aquele sorriso enorme … O sorriso de Gal. Aquela sensualidade agressivamente libertária.

Povoou minha adolescência. A despeito do rock.

Penso que a minha história, em parte, está começando a desmoronar.  As referências estão indo. Hoje um deles. Amanhã outros.

Gal, vá em paz.

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Ricardo Martins, jornalista e pesquisador, com trabalhos para a Editora Abril, TV Cultura e Fundação Roberto Marinho.
ricardomarts@yahoo.com.br

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