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O enigma da câmara de âmbar – Roberto Managau

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Interior del Salón de Ámbar

No início do século 18, a rainha consorte da Prússia (parte das atuais Polônia e Alemanha), Sofia Carlota de Hannover, suscetível a todas as disciplinas artísticas, intelectualidade e mecenato cultural, encomendou a reforma de uma câmara de seu palácio, de modo que fora algo surpreendentemente sublime.

Os artesãos contratados para a obra decidiram usar uma resina fossilizada, translúcida e de cor mel na decoração e o resultado foi majestoso: a sala estava toda forrada de âmbar!

"Após a morte da rainha, a oitava maravilha do mundo naquela época, foi oferecido como um presente ao Czar Pedro o Grande, que a transferiu para um palácio perto de São Petersburgo. "

Após a morte da rainha, a oitava maravilha do mundo naquela época, foi oferecido como um presente ao Czar Pedro o Grande, que a transferiu para um palácio perto de São Petersburgo. Foi sendo ampliada durante seu reinado e chegou a contar com mais de 6 toneladas de âmbar distribuídas em 55 m2.

Os anos se passaram até que a Segunda Guerra Mundial estourou e a União Soviética foi invadida pelos alemães em 1941. São Petersburgo, que tinha mudado seu nome para Petrogrado, depois Leningrado e hoje novamente São Petersburgo, sofreu uma cruel batalha de 900 dias, de 1941 a 1944.

Os nazistas, ávidos pelas riquezas artísticas que descobriram com seu avanço, não hesitaram em desmontar aquele incrível salão e transportá-lo para a então cidade alemã de Königsberg (atual Kaliningrado, na Rússia). E daí, até hoje, a oitava maravilha do mundo, desaparece sem deixar pistas, sem vestígios. Várias conjecturas surgiram sobre ela, que foi destruída durante a guerra, que foi desmembrada em partes, que ainda está escondida e até que um idoso aposentado sabe onde … Se alguém estiver interessado, o tesouro estaria enterrado na cidade de Wuppertal e as dificuldades de escavação seriam extremamente onerosas …

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Roberto Managau, uruguaio, reside em São Paulo desde 1982.
Dirige um espaço de arte uruguaia e é apaixonado por futebol e da Segunda Guerra Mundial.
rj.managau@gmail.com

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