Gente que Cuenta

Sobre trilhas sonoras de filmes – Roberto Managau

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Judy Garland cantando “Somewhere over the rainbow” en el film “El Mago de Oz”
1939

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Como um ávido cinéfilo desde criança, não me interessava apenas pelo filme em si, pelo tema, pelos atores, diretores, mas também pelas trilhas sonoras, e até hoje mantendo uma curiosidade latente em ouvir atentamente as músicas, canções ou clássicos do cinema. Obviamente estamos nos referindo à Sétima Arte do mundo ocidental, mais difundida por estas bandas. Por muitos anos, presenteava amigos com gravações de trilhas sonoras de filmes em fitas cassete (o que não era muito simples na época), e depois em CDs. Hoje, um presente que perdeu seu encanto.

Músicas eruditas e composições clássicas criadas especialmente para filmes marcaram o final dos anos 30 e 40, quando também surgiu a Era de Ouro dos musicais de Hollywood. Grandes compositores de concerto (Steiner, Rózsa, Herrmann, Rota, Newman) trabalharam para os estúdios de cinema. E isso levou tantos diretores a optarem pela música clássica para elevar seus filmes a outro patamar, ainda hoje, uma combinação icônica (Richard Wagner em “Apocalypse now”, Samuel Barber em “Platoon”, Richard Strauss em “2001, A Space Odyssey “). Na mesma época dos anos 30 e 40, o jazz marcou sua trajetória nos filmes “noir” ou policiais.

Já o rock ou música “americana”, de vanguarda e suporte cultural de uma nova perspectiva social, temas jovens e rebeldes, surgiram no cinema dos anos 50 e 60, e claro continuaram nas décadas posteriores.

Os diretores sempre procurando a música associada à estética, a magia da imagem de onde brotam melodias inesquecíveis (Williams, Horner, Zimmer, Morricone, Sakamoto).

Por mais de uma vez, me interessei em descobrir quais músicas se repetiam nas trilhas sonoras de diferentes filmes. Na verdade, é uma coisa fácil de detectar para os viciados no assunto. Segundo um site do Facebook, a música mais replicada de todas é “Over the rainbow” (“O Mágico de Oz”), de 1939. E seguem muitas outras, como “Born to be wild” do grupo Steppenwolf (filme “ Easy Rider” de 1969), “O Fortuna”, a cantata Carmina Burana de Carl Off, e “Gimme Shelter” dos Rolling Stones. A lista é longa.

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Roberto Managau uruguaio, reside em São Paulo desde 1982.
Dirige um espaço de arte uruguaia e é apaixonado por futebol,  guerras mundiais e outras curiosidades da história.
rj.managau@gmail.com

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