Gente que Cuenta

Us and them – Ricardo Martins

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El 10 de abril de 1970 Paul McCartney anunció su salida del grupo.

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Início dos anos 1970. Eu, na pré-adolescência.  Naquela época, tínhamos pequeno aparelho de rádio em casa. E não existia FM.

A programação musical das emissoras de rádio de então era bem mais rica. Ouvia-se Elis Regina, Isaurinha Garcia, Ângela Maria, Maysa, Elisete Cardoso, Nelson Gonçalves, Roberto Carlos, em sua fase mais produtiva, à época da Jovem Guarda, os mestres do samba, da bossa nova, Frank Sinatra, Dean Martin, Ray Coniff, Vinicius de Moraes …

E rock and roll.

Elvis Presley, Beatles, Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Mutantes, Os Incríveis, Jovem Guarda. Aquela profusão de sons em meio ao noticiário sobre a guerra do Vietnã.

E pela TV, num sábado a tarde, após o almoço, eu estava assistindo “Sábado Som”, programa apresentado por Big Boy, o mais importante Dj da época.

Naquele dia, foi exibido o concerto Pink Floyd: Live at Pompeii. E ali naquele momento, ao assisti-lo, o rock começou a fazer parte da minha vida. Foi como que num estalo.

Daí para frente, comecei a acompanhar notícias. Ouvir com mais cuidado. Comprar revistas.  Li sobre os bed in de John Lennon e Yoko Ono pela paz mundial. E consequentemente, tomei noção dos protestos contra essa guerra. E assim minha consciência política nasceu.

Daí passei a ter a companhia dos Beatles, Rolling Stones, Doors, Who, o então rock  sinfônico – que me despertou o gosto por música clássica – Yes, Rick Wakeman e Emerson, Lake and Palmer , a música negra através dos blues …

Não me tornei um músico.  Não experimentei la vida loca de um roqueiro. Isso foi para poucos. Paciência ….

Mas me ajudaram muito na minha vida não tão louca.

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Ricardo Martins, jornalista e pesquisador, com trabalhos para a Editora Abril, TV Cultura e Fundação Roberto Marinho.
ricardomarts@yahoo.com.br

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