Salvo-conduto: quanto?, por Alfredo Behrens
leer en españolPassei uma semana na capital daquele país africano fugindo dos tiroteios, mas não consegui escapar dos micróbios. Muito debilitado, eu estava deixando a cidade: já tinha acabado de passar pelo controle de passaportes no aeroporto quando um nativo me interpôs. A sua túnica tinha sido branca, mas ainda contrastava com a cor de sua pele. E com aquele inconfundível ar burocrático de quem encontra um idiota, exigiu:Certificado de vacinação contra febre amarela?Disse-lhe que a tinha mostrado ao entrar e que sem ela não poderia ter entrado no país.Sem mais delongas, e com aquele ar inconfundível de cachorro-com -um-osso-na-boca, ele empunhou uma seringa de dimensões veterinárias, com uma agulha grossa e enferrujada, e se ofereceu para me vacinar.Com minhas últimas forças esgrimi o ...