Sem luz na primavera,
por Alfredo Behrens
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Quando morava no Rio de Janeiro, naquela terra abençoada por Deus, um amigo francês me disse que na França a fragilidade de uma pessoa podia lhe impedir de sobreviver o próximo inverno. Me era difícil no Rio imaginar os rigores de um inverno.
Agora moro em Portugal, com invernos nem tão rigorosos, mas que assustam mais um pouco que os cariocas. Foi assim que refleti sobre as condições de um sujeito de sorriso generoso ao avistá-lo passado este último inverno.
Era um sujeito cujo sorriso e vitalidade me fazia bem. Ainda sou imigrante nesta terra cálida, e ser reconhecido na rua me faz bem. Não interessa tanto quem me cumprimente, mas ao ser avistado me faz sentir vivo, que pertenço. Era assim que me sentia ao encontrar este sujeito encantador, um pouco louco t...