Profanei um túmulo sem entrar na História, por Alfredo Behrens
leer en españolNão sei se você conhece o ditado: Quando uma mulher cisma com uma ideia na cabeça, é mais fácil arrancar-lhe a cabeça do que a ideia.Como adoro a cabeça dela, sugeri que fôssemos ao cemitério, a última parada do ónibus, porque talvez lá encontrássemos a pedra chata e pesada, talvez mármore, sobre a qual fixar um brinquedo colorido que ela queria instalar aqui e agora.Mal tínhamos chegado ao cemitério, ela então alistou o coveiro Joaquim, que acabara de cavar um buraco onde alguém seria enterrado no dia seguinte. “Espero que ele esteja já morto!” eu disse, ao que Joaquim apontou para onde o morto estava sendo velado.Minha mulher, que não perde uma oportunidade para rezar, foi ezar um Pai Nosso ao morto, enquanto eu seguia o Joaquim que prometia uma pedra como a que queríamos....