Um baú de lembranças, por Alfredo Behrens
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Nos anos 80, um grande amigo do Rio de Janeiro me pediu um favor: levar um baú para os Estados Unidos. O baú era enorme, naqueles nos que, em épocas marítimas, os americanos colocavam a vida. Além disso, era muito pesado, estava cheio, disse meu amigo, dos pertences de uma de suas mulheres. Americana ela, apaixonada, o seguira ao Rio. Como tantas paixões, esta também cumpriu seu ciclo, e quando o deixou, pediu-lhe que enviasse o baú para um endereço de onde foi devolvido. Aquele baú estava esperando há uma década na casa do meu amigo. Ele ainda não sabia para qual endereço enviá-lo, mas descobriria, acreditava, contanto que eu o mantivesse comigo nos Estados Unidos.
Quando recebi o endereço da ex do meu amigo optei por enviar uma carta para a mulher, buscando confirmar ...